Partes da nossa vida estão sempre acontecendo de novo. E pessoas e acontecimentos voltam a nossa mente. Raramente sem estarem acorrentadas a emoções conhecidas, vem vividas, bem sentidas. Deve ser por isso que voltam. (Pra perturbar? Rs). Pra gente se "desperturbar". Resolver. Acabar. Esquecer. Tantas vezes a mesma pessoa voltou pra minha vida! Não estou falando de reencarnação. Não nos termos morrer e nascer novamente. Quero dizer sobre comportamentos iguais. Não adianta fugir. O que a gente odeia sempre corre atrás pra tentar pegar nossas canelas. As mesmas situações. Chatice. Lembrei de uma pessoa má. A Danielly. Idiota que vi semana passada e que na hora não me causou emoção alguma. Como pode alguém ser tão falsa e viver abrindo a boca pra dizer que não é? Como pode alguém negar socorro a outro alguém a quem chamava entre eternas mascadas de chiclete “amiga”, dizendo ”você ta colhendo o que plantou, só me procure quando melhorar porque não gosto de gente doente perto de mim.“ Bom, talvez esse tenha sido um dos poucos momentos em que ela foi verdadeira. Falsa teria sido se mostrar solidária. Espero não ter que dizer nada a ela. E ao mesmo tempo me vem à vontade de ter a satisfação de chamá-la de ordinária. Trate-a com indiferença me aconselhou a Cíntia. Foi possível duas vezes. Ou não foi indiferença quando só passei por ela e nem a olhei, caminhando vagarosamente? Na segunda vez, quando ela gritou com voz mole, pesada e mascada de chiclete” não cumprimenta mais não é?” A Cíntia achou que eu deveria ter acenado pelo menos. Pra mostrar que não estava nem aí pra ela e pra maldade dela. Bom, eu não estava. Não me abalou em nada ouvi-la naquele dia. Continuei andando colocando os fones nos ouvidos, comprei no boteco o picolé de goiaba e não senti raiva, não pensei nela e nem naquela noite em que ela me mostrou quem ela é. Só fiquei ouvindo as músicas que gosto, sentindo o geladinho do picolé e isso pra mim foi indiferença; Mesmo porque, se dissesse, ou se algum dia disser a ela algo sobre o que ela me fez, de como agiu canalhamente, ela, mentirosa boa que é, vai continuar mentindo, pra si mesma, que é o que os mentirosos profissionais fazem de melhor. Vai continuar dizendo que é, no seu português lamentável” média “. Rs, é hilário. Média = paranormal. E que sendo isso, sabe de tudo. E tudo o que faz é certo. Não vale a pena se incomodar com gente assim. Eu a vi algumas vezes, mas como não freqüento os mesmos lugares que ela, nem tenho contato com quem anda com ela, o que me importa o que ela é? Não convivo com quem a rodeia, as suas moscas, portanto, nada chega aos meus ouvidos, nada vindo desse povo/inseto me afeta, interfere na minha vida. Só lembrei da existência dela. Só isso. Nada pra estragar o dia. Que graças a Deus, dormi quase o tempo todo. É só e encostar que durmo. Como sempre acontece nos períodos de dor. Nas duas noites e dias seguintes sem a Bê foi impossível dormir. Agora o sono vem pra entorpecer e aliviar. Fazia tempo, meses?, que não sentava lá na frente. Fui mais pro Lé ficar lá fora um pouco. Andar e xeretear a grama, as plantinhas e os passantes. Pra latir e ignorar. Sim! Tem pessoas a quem ele ignora, vira a cara num pfui!, Rs. Ainda tenho receio de ver certas criaturas e uma em especial que pode me dar enjôos de raiva. E tem muitos que não faço questão de ver. Gostaria de voltar no tempo em que não falava com ninguém da rua (Que as exceções me perdoem se algum dia ficarem sabendo disso! Tem alguns habitantes de quem gosto, sim! Rs). Mas era melhor aquela época. Sem ois. Sem olhares curiosos,. Quer dizer, estes sempre existiram, mas não sabiam nada e me incomodavam menos. Os olhares curiosos dos que sabem pouco, mas querem saber mais é que são ruins. Mas agora que já foi feito, feito está. Ignoro os que são pra ser ignorados. Simpatia rasa pelos que a merecem.Costas viradas. Tem os que merecem isso também. Isso está se repetindo. Já aconteceu outras vezes. Ter que esperar o tempo curar o que foi machucado e poder depois, não ligar a mínima pra quem foi o causador do mal. A raiva sempre é pior pra quem a sente do que é pro objeto odiado. Esse, muitas vezes nem sabe que é odiado, e em outra tantas nem liga pra isso. Já passei por isso antes sei que isso vai passar. Que essa criatura chinelenta vai sumir. Como outros da ralé sumiram. Sumir da minha atenção. E assim, podem caminhar na minha frente, parar ao meu lado, olhar pra minha casa. Eu vou poder sair sem me preocupar se vou encontrar. E se encontrar nem vou me importar como é com a ralé de quem já me livrei. Hoje, enquanto a minhamãe lavava as grades, nos poucos minutos em que fiquei lá na frente comendo bolachas, tomando café e vendo o Lé andarilhar entre uma bolacha e outra ele também, passou a idiotíssima Marli com sua mega idiotíssima irmã. Detestáveis invejosas maldosas. “Bem limpinho!”, depois do “Oi Marlene!”. Levantei-me , disse vá se foder e dando as costas andei lá pra trás. Quando percebí que haviam passado, voltei. Velhas nojentas. Jamais deixarei que venham com piadinhas ou curiosidades ou alfinetadas. Não terão oportunidade. Ninguém virá me dizer coisas que não quero ouvir, saber. Essa é uma parte difícil. Se as pessoas fossem melhores, não iriam ficar magoando as outras com assuntos que não lhes dizem respeito. Mas tem gente cuja idéia de diversão passa por apertar nos outros exatamente onde dói. Comigo não violão! Rs. Quando a gente não quer se incomodar, quando a gente só quer melhorar e se libertar, foge de quem pode interferir nisso. Perguntas maldosas sorridentes. Comentários com recheio e cobertura de más-intenções. Fofocas, mentiras, falsidades. Sai pra lá! Fujo mesmo e vou dormir!
“Ouça criança, se quiséssemos te fazer mal, achas que estaríamos à espreita à beira do caminho na parte mais escura da floresta?” (Keneth Patchen – Ainda Assim).
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