sábado, 25 de dezembro de 2010

Atarefados


“ ...as pessoas julgavam por aquilo que viam, isolavam aqueles aspectos para depois aumentar os rumores e provocar uns aos ouros com possibilidades. Todo mundo se inventava e depois inventava os outros.”

domingo, 19 de dezembro de 2010

Sinto-o com pedaços de mim em sua boca...

Pedro Abrunhosa



Mais um dia que acaba
e a cidade parece dormir,
da janela vejo a luz que bate no chao
e penso em te possuir.
Noite após noite, ha ja muito tempo,
saio sem saber para onde vou,
chamo por ti, na sombra das ruas,
mas só a lua sabe quem eu sou.
Lua, lua,
eu quero ver o teu brilhar,
lua, lua, lua,
Eu quero ver o teu sorrir.

Leva-me contigo,
mostra-me onde estas,
é que o pior castigo
é viver assim, sem luz nem paz,
sozinho com o peso do caminho
que se fez para tras...
Lua, eu quero ver o teu brilhar,
no luar, no luar.

Homens de chapéu e cigarros compridos
vagueiam pelas ruas com olhares cheios de nada,
mulheres meio despidas encostadas à parede
fazem-me sinais que finjo nao entender.
Loucas sao as noites, que passo sem dormir,
loucas sao as noites.
Os bares estao fechados ja nao ha onde beber,
este silencio escuro nao me deixa adormecer.
Loucas sao as noites.

Nao ha saudade sem regresso, nao ha noites sem
madrugada,
Ouco ao longe as guitarras, nas quais vou partir,
na névoa construo a minha estrada.

Loucas sao as noites, que passo sem dormir,
loucas sao as noites.
Loucas sao as noites, que passo sem dormir,
loucas sao as noites...


                                                             ***



Faz meus olhos se abrirem na escuridão da noite, onde me vejo certas vezes em outros corpos, em outros ritmos, sem me conter, com saltos de botas barulhando calçadas européias antigas, cabelos em ventania, fogo no peito, boca entreaberta, as costas arrepiadas...ombros que batem em paredes de pedras, mãos tateando o ar...ânsia de ter, de pegar, agarrar e parar de sentir, sentindo...




sábado, 18 de dezembro de 2010

Olhos escuros


Ele abriu a porta quando a viu chegando. Já a esperava. Ela entrou e grudou-se a ele cheirando-lhe a nuca, as mãos apertando-lhe o peito e apertando os seus nas costas dele. Passando as trancas na porta ele virou-se para ela que lhe beijou a boca bem feita de cheio. Estava ávida por ele, os dias se passaram com o cheiro dele a zonzear-lhe a cabeça e os sentidos. O cheiro fresco da pele fria e doce dele. Nunca um homem tivera um cheiro tão delicioso assim! Beijou-o apertando-se a ele, correndo as mãos pelo corpo forte dele e tendo as dele pelo seu também. Mãos fortes e ágeis. Pesadas mas estranhamente sabedoras de suavidade. A boca que beija bem, beija grande, com fome! Imprensou-o contra a porta, ele riu. Risada de guri. Ela achava engraçadinha a risada dele. Sorriu sem responder nada ao “o que é isso mulher?!” Enfiou a mão dentro da bermuda sentindo-o duro. Adorava quando o encontrava assim, fazia com que se senti-se forte, pois sabia que ele estava na expectativa de sua chegada. Bobagens de poderes que as mulheres pensam possuir. Ela é como as outras mulheres, sente-se bem ao ver que alguém reage assim tão prontamente a sua imagem. Ele tenta se mover mas ela faz pressão para ele ficar onde está. Ele é fortíssimo, ela quase não consegue segurá-lo pres o a porta. Arranca-lhe a camiseta rapidamente, não ocupa o tempo beijando-lhe o peito a barriga, deixa isso para depois, agora vai direto para a bermuda, baixa-a, a cueca box também, mas com um pouco de pena pois ela cabe nele perfeitamente bem. Gosta do que vê, mas quer mais do que aquela visão. Ele empurra seus cabelos para trás quando ela se abaixa e o põe na boca. Ele adora isso! Adora sentir sua boca úmida ali sugando-o em movimentos giratórios. A língua subindo e descendo em linhas e círculos. Ela aperta as coxas grossas dele. Sente a sua pele fria e seu gemido. Ele puxa os cabelos dela. Ela não gosta muito disso, mas sabe que ele quer vê-la enquanto o tem na boca daquele jeito que quis tê-lo depois de tantos dias longe dele. Ela treme debaixo do vestido florido com o coração disparado. Quer continuar onde está, também adora senti-lo dentro da boca, mas ao mesmo tempo quer mais, quer o resto do que se quer quando se está em profundo desejo por alguém, quer tudo e tudo é pouco, sempre se quer mais! Quer tudo ao mesmo tempo! Quer possuir e ser possuída, quer força e suavidade, quer boca e mãos, quer apertar suas costas, sua bunda, quer sentir as pernas fortes dele de encontro as suas coxas, o peito dele nas suas costas, a boca macia dele na sua nunca, nos braços, quer ser virada para todos os lados, ouvindo a risada dele. Quer perguntar “o que você quer agora?”, Quer vê-lo não conseguir responder porque está com aquela expressão deliciosa no rosto lindo, com os olhos fechados, fazendo-a sentir-se tonta de alegria enquanto ele goza.  Querendo tudo isso, puxa-o e vão para o tapete, rindo, os dois.   

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Incompreensões


Mula sem cabeça.
Já diz: sem cabeça!
Como que ela tem uma estrela de fogo na testa e põe fogo pelas ventas????
Desde criança, nunca entendi...

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Teu tempo já era!

A pessoa que você é e quem eu sou agora, só aumenta nossa distância.