quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Desmagnetizada, enfim...(?)


Como bússola enlouquecida no meio do Deserto de Golan. Pés chineses entortando mais ainda meu andar. Alquebrada, desfalecida. Semimorta. Antes morta de todo! Gritava, descabelava-me em grossas lágrimas que o vento cicatrizava em meu rosto. Tempestades de areia me arrancaram a pele. Em carne viva rastejei. Dura, seca, andando sem rumo. O frio da noite gelava minha mente em pensamentos nefastos, em maldições e dor. O sol botava em fogo meu coração. Nunca te ocupastes de mim, pois eu já era brincadeira encerrada. Quebrei, tão dura estava. E eram cacos de mim quando me movi pela primeira vez em zilhões de tempos.

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